sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Para hoje...


NADA TÃO SENSACIONAL COMO UMA BELA CUBA LIBRE DO GELSON!!!!
O POST É PELA FOTO, A PEDIDOS...
"INSPIRAÇÃO, ESSA VADIA"
NÃO ESCREVO...

saudades de Sal..

Smokandoooo


Julio,
queria escrever algo original para integrar sua foto, mas... o que me ocorreu foi mesmo essa parte do poema de Bernardo Guimarães:


“Cigarro, minhas delicias,
Quem de ti não gostará?
Certo no mundo não há
Quem negue tuas vantagens.
Todos às tuas virtudes
Rendem cultos e homenagens”

bjs...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

fui


Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor.
Que tem que ser vivido até a última gota.
Sem nenhum medo. – Não mata.

Clarice Lispcetor

vou de viagem, Caparaó.

sábado, 1 de agosto de 2009

A Fernanda, a cadeira e o Príncipe


Sabe aquelas historias de amor tiradas de Shakespeare? Pois é, esse tipo de historia era o que Fernanda queria para sua vida. Não tão cheia de Romeu e Julieta, mas algo parecido. Nanda sempre achou que isso poderia não acontecer. Que ficaria a espera do príncipe. Sentaria em sua bela cadeira e viria tv por mais vinte anos.

Vinte anos? Não a conheço tanto tempo assim. Não sou a amiga de infância e sim de confidências. Junto com os filmes que víamos no cinema, estava a sensação de procura. Eu sempre fui aquela de procurar para não achar. Não procurava e se encontrava, perdia.

Até que um belo dia, quero dizer, uma bela noite, o príncipe resolveu chegar e fez isso sem aviso algum. Arrastou todo o vento da sala. Desligou a televisão, tirou a cadeira do lugar e perguntou para Fernanda se ela queria continuar a vida. E não é que ela aceitou? Sem a dúvida, sem o medo de perder. Nada a fez parar.
Por isso, todos os dias que passo perto do seu apartamento, sinto um cheiro de renovação no ar. Aquele frescor, vindo de longe e trazendo a certeza do conto de fadas.
André não veio para Fernanda em nenhum cavalo branco, não recitou nenhum verso de Neruda, mas chegou exatamente na hora certa. Não poderia ser mais pontual. Chegou cantando. Não sei a musica, mais foi algo assim. Nas conversas, no amor e no próprio cotidiano, a vida de Fernanda foi se encaixando. Não desligou a tv, mas a compartilhou. O vento continuou na sala, ajudando a circulação do ar. E a velha cadeira? Essa eu peço emprestado agora.

foto: Fernanda e André

sexta-feira, 31 de julho de 2009

" A televisão matou a janela"


Poderia ser trágico saber que existam pessoas que não gostam de fazer certas coisas com você. Explico: ninguém gosta de ver televisão comigo. Ninguém! Sofro de um surto ou sei lá o que, quando estou vendo tv. Fico irritada com a maioria dos programas (mas assisto tudo) e muitas vezes, tenho tanta vergonha do que está acontecendo que viro a cara para a parede e falo mal até cansar. A vergonha acontece geralmente quando estou assistindo aos programas da Luciana Gimenez, Brito Jr, Márcia Golsh (*&¨%$$@), Faustão, Gugu etc, ou assistindo jogo de futebol narrado por Galvão Bueno (isso me deixa louca de ódio).
O caso é que estou cada dia mais sozinha em frente a tv. As pessoas já sabem do meu “probleminha” e nem me convidam mais para assistir a nada. Fico sozinha no meu quarto, vendo a mesma coisa que passa na sala.
Não ligo para isso, já estou acostumada e é até bom, pois fico injuriada quando o controle remoto não está comigo. Mas ontem percebi que estou mesmo precisando de dupla terapia.
Estava no meu quarto assistindo a um seriado americano e nos intervalos coloquei no programa da tal Marcia Golsh(*&¨%$$@). O que é aquilo?, tinha lá uma simulação tosca de uma historia de traição. Fiquei tão revoltada que não consegui voltar para o seriado. A história ia passando e eu mais nervosa ficava. Então, sozinha em casa, comecei a colocar para fora toda a minha revolta. Falei pelos cotovelos e alto! Nisso, o interfone tocou. O porteiro disse o seguinte: _ Ingrid, a Dona Selma (minha vizinha) ,do 605, quer falar com você. Ela vai tocar a campainha ai agora.
Desliguei o interfone (não sei porque ela pediu isso ao porteiro, mas...) e fiquei esperando. A mulher apareceu e disse que eu estava atrapalhando sua concentração. Que ela estava tentando assistir ao programa da Márcia e eu metendo o pau nela. Pedi desculpas, disse que ia mudar de canal.
Não resisti. Pensei bem: tenho que continuar a ver a história, tenho que saber onde isso vai dar! Quieta no meu canto, tentando me controlar ao máximo, continuei assistindo.
Eu estava bem, devo dizer. Nem gritava mais com a tv. Até que uma cena me tirou toda a lucidez: Márcia parou o vt da traição e começou a fazer aviãozinho no palco. Não agüentei. Fui para a janela e gritei:
_ Oh, Dona Selma, isso é demais para mim. Essa mulher dá vergonha de ver, puta que pariu!!!!
Dona Selma fechou a janela na minha cara.
Devo e posso estar ficando louca, e se eu continuar a assistir a esses programas, vou acabar estando em algum deles, contando minha história de solidão em frente a televisão. Se bem que iria com prazer ao programa da tal Márcia... só para dar uma porrada na cara dela.
Como diz Arthur Xexéu: Controle remoto rápido!


Foto: a bela Márcia da tarde

Informações Inúteis


Tenho um amigo que coleciona informações inúteis. Tudo o que não acrescenta nada á ninguém (pelo menos na teoria), ele adora. Tem uma coleção de dar inveja ao autor do livro Guia dos Curiosos. Ontem não pude deixar de lembrar dele.
Estava na faculdade, sentada naqueles inúmeros banquinhos de espera. Ao meu lado, um casal discutia algo muito esquisito: quanto tempo o filho iria ser amamentado. O livro que eu estava lendo foi para o beleleu e só consegui prestar atenção na conversa alheia. Olhei rápido para o casal e não vi nenhuma barriga na mulher. Queria algo que justificasse o diálogo. Nem aliança, nada. Somente duas pessoas trocando idéias sobre leite materno. A mulher falou para seu companheiro que não iria amamentar muito, pois seus seios iriam cair. Ele, por sinal, disse que pagaria a plástica.
Desatinei a formular mil histórias para achar uma explicação para minha total curiosidade em relação à conversa dos dois. Não encontrei, mas continuei ouvindo.
Na verdade, achei que era aquele tipo de casal apaixonado, que sonha antes da hora. Sabe como é? “Ah, quantos filhos vamos ter? Quais nomes colocar?”. Mas juro, discussão por causa de amamentação eu nunca tinha visto.
Comecei a ficar mais empolgada quando o homem virou para a mulher, amante, namorada ou sei lá o que e disse: _ Você sabia que bebês amamentados por menos de três meses podem apresentar queda no desenvolvimento intelectual? Ah, não! Essa foi demais para mim. Quis levantar e perguntar onde ele tinha lido aquilo. Precisava urgentemente daquela pesquisa.
A mulher desatou a rir, dizendo que ele estava mentindo de novo. Peraí. De novo? Então o cara é um inventor. A conversa estava melhorando. _Querido, lembra a história do fim do mundo? Esperem um pouco, qual história? Comecei a mexer no banquinho de tanta curiosidade. Quero saber a do fim do mundo também!
O sujeito aumentou o tom de voz e disse que leu sobre amamentação em um artigo retirado de um estudo na Universidade de Ciência da Noruega. A partir daí comecei a acreditar que o cara era mesmo um mentiroso. Noruega?
Meu ônibus chegou e tive que ir para casa. Fiquei com aquilo na cabeça o dia inteiro. Amamentação, desenvolvimento intelectual, Universidade da Noruega...
Em casa, abri a internet em um site de pesquisa e escrevi um pequeno texto que pudesse conter tais palavras que me deixaram Cabrera.
Para meu espanto havia mais de 500 notícias sobre o assunto. Realmente era verdade. A pesquisa foi publicada no Britsh Medical Journal (que chique!). Os cientistas avaliaram as habilidades motoras e intelectuais de 345 crianças em dois momentos: aos 13 meses e aos cinco anos. Dois terços delas foram amamentadas por seis meses ou mais, enquanto o restante passou a tomar leite em mamadeiras aos três meses.
O estudo não apontou déficit nas habilidades motoras, mas as crianças amamentadas por menos tempo apresentaram capacidade intelectual abaixo da média das que foram amamentadas por mais tempo no peito.
Coitado do cara, estava falando a verdade. Pelo menos sobre o estudo.
Depois disso tudo, penso somente em duas coisas:
Tomara que o cara possa mesmo pagar uma plástica para a mulher e que ela amamente até não haver mais leite.
Outra coisa: que informação preciosa deixei nessa crônica, não? Fala a verdade, vocês não poderiam dormir sem saber sobre isso!

foto: que coisa inútil essa mulher está fazendo!!!!